A Carrinho é uma empresa familiar angolana que está empenhada em desenvolver a primeira estrutura organizacional verticalmente integrada do sector alimentar, gerindo todas as etapas do processo: a originação, o transporte, o armazenamento, a transformação e a comercialização.
Desenvolver o nosso ecossistema para que promova a criação do produtor modelo sempre com um sentido de responsabilidade social e ambiental.
Ser a empresa líder na transformação de África através do agronegócio.
Não acreditamos em extravagância e desperdício e é por essa razão que operamos da maneira mais económica possível.
A nossa atenção é direccionada para as necessidades e expectativas dos nossos clientes, os quais são a razão de ser da Carrinho.
Acreditamos no potencial e continua valorização do ser humano, dentro e fora da organização.
A vontade de superação da Dona Leonor Carrinho fez com que, no meio da adversidade que a família vivia, surgisse a capacidade de visionar uma oportunidade: a abertura de um bar. Criado como meio de subsistência para os seus filhos, no quintal da sua própria residência, o bar era gerido pela Dona Leonor e contava com o apoio dos seus 3 filhos e de uma sobrinha.
Um acordo informal com a Sonangol marcou o início da história da Leonor Carrinho no ramo empresarial: ficou estabelecido entre as partes que os técnicos da empresa, que se deslocassem ao Lobito, fizessem as suas refeições no bar da Dona Leonor. Este acordo, o primeiro negócio formal da empresa, gerava um rendimento anual de cerca de USD 120.000,00.
O acordo com a Sonangol contribuiu significativamente para a reputação da cozinha da Dona Leonor Carrinho, o que permitiu a expansão do atendimento ao público lobitanga e o crescimento do negócio. Nesse período, a Empresa Nacional de Electricidade (ENE) também integrou a lista de clientes da Dona Leonor Carrinho, consolidando suas aspirações empreendedoras.
Em 2002, a família Carrinho decidiu investir 10 000 USD na abertura do Bar Império, um passo que mudaria para sempre a história da organização. Este bar, propriedade dos Caminhos de Ferro de Benguela (CFB), foi operado sob um contrato de cedência de exploração.
As relações estabelecidas com as diferentes personalidades que frequentavam o Bar Império abriram portas para a oportunidade de trabalhar com a Odebrecht. Esse período foi determinante para a aprendizagem empresarial da Leonor Carrinho, proporcionando várias oportunidades de investimento em outros negócios, dos quais alguns acabaram sendo descontinuados.
A parceria comercial com a Odebrecht, que iniciou em 2005, serviu como “escola de gestão” dos precursores do projecto Carrinho. O alinhamento com a cultura empresarial da Odebrecht, que obrigava a pensar na eficiência, proporcionou excelentes oportunidades de negócio, acabando por aumentar exponencialmente o volume de vendas. A aplicação dos métodos inovadores de gestão da Odebrecht permitiu à Leonor Carrinho integrar em sua carteira de negócios 34 cozinhas em todo o país. A Odebrecht revelou-se crucial para abrir oportunidades fora de Benguela, o que forçou a empresa a aprender e perceber a importância de confiar em terceiros. A aplicação dos métodos inovadores de gestão da Odebrecht, permitiu, gradualmente, integrar na carteira de negócio 34 cozinhas espalhadas por todo o país.
Um dos grandes feitos da empresa foi a logística de montagem de 30 lojas da rede de supermercados "Nosso Super" em todo o país, realizada em tempo recorde com a frota de caminhões da Leonor Carrinho. Isso tornou a Leonor Carrinho numa das empresas em Angola que mais contratava frete de transportes terrestres, levando-a a, acidentalmente, entrar no negócio de transporte de mercadorias.
Entre 2008 e 2009, no auge das 34 cozinhas, da logística do Nosso Super, da Camargo Corrêa, da Queiroz Galvão entre outros, a Leonor Carrinho vendia 43M USD/ano. Nesta altura, iniciou-se o fim da era da Odebrecht, com a crescente crise mundial que se começou a sentir em Angola. A relação com a Odebrecht existe até hoje através da BIOCOM.
Nem tudo foi um mar de rosas. A empresa enfrentou desafios que abriram caminho para os avanços que conquistamos e que hoje são evidentes. Nesse período, com a redução das obras do programa de investimentos públicos, o volume de negócios também diminuiu. A dura realidade ensinou a lidar e superar as adversidades, incluindo o fracasso da primeira tentativa de abertura das lojas Bem Barato, que foram fechadas alguns meses depois devido à falência, e a extinção do negócio de transporte de cargas por caminhões da própria empresa.
Primeiros passos no Sector Público
Finalmente, após protelar por muitos anos fazer negócios com entidades públicas, a Leonor Carrinho decidiu integrar na sua carteira de clientes de Catering as Forças Armadas de Angolanas (FAA). Por consequência, entre 2012 e 2014, surgiram oportunidades de fornecimentos de cabazes e veículos automóveis às FAA.
Afirmação e Evolução
A relação com entidades públicas ganhou impulso com o acordo de fornecimento ao Ministério do Interior (MININT). Isso proporcionou a expansão dos negócios com o sector público, possibilitando a evolução da cadeia de abastecimento, o que teve um grande impacto no desenvolvimento da divisão de logística da empresa.
Dá-se a reabertura da rede de lojas Bem Barato, com uma diferente dinâmica, que a permite ser o único actor genuinamente angolano, entre os cinco maiores distribuidores de bens alimentares da cesta básica em Angola.
O marco mais importante foi a transformação da empresa de um grupo comercial em um grupo industrial, com a inauguração do Complexo Industrial Carrinho composto por 17 fábricas. Isso permitiu a aceleração da implementação da visão de integração vertical, desde a originação até a comercialização.
Actualmente com 19 fábricas, o Grupo Carrinho possui um dos complexos industriais mais completos do mundo, que permite processar arroz, trigo, milho e refinar óleo, além de transformar e embalar mais de 20 bens de consumo diversos.
Rua de S. Tomé S/N, Bairro da Luz — Lobito
T: 923 420 053
E: geral@carrinho-sa.com